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Recepção de Ovos

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ASPECTOS GERAIS QUE UMA MULHER RECEBENDO OVOS DEVE CONHECER

OVODON é o nome pelo qual o processo de Doação de Oócitos é comumente chamado. Este é um procedimento pelo qual os oócitos são recebidos de um doador para fins reprodutivos. Esses oócitos são inseminados com esperma do casal receptor ou de um doador de esperma. Os embriões gerados são transferidos para o útero da mulher receptora para a realização da gestação. O diagnóstico que estabelece que uma mulher tem poucos ou nenhum oócitos em seus ovários pode ser feito por:

1) Testes analíticos:

a) Determinação em sangue dos valores de:

  • FSH: é o hormônio que estimula o crescimento folicular. Valores superiores a 10 MIU/ml nos primeiros dias do ciclo menstrual indicam uma má resposta ovariana. O FSH indica a quantidade de reserva de oócitos enquanto a idade da paciente indica a qualidade de seus oócitos, quanto mais velha a paciente, pior a qualidade.
  • Inibina B: é sintetizada pelas células da granulosa dos pequenos folículos antrais, razão pela qual seus níveis estão aumentados na fase folicular inicial e seu pico coincide com o início da diminuição dos níveis de FSH na fase folicular média. Níveis abaixo de 45 pg/ml no terceiro dia do ciclo são patológicos.
  • Hormônio Anti-Mülleriano (AMH): É produzido pelos folículos pré-antrais e antrais pequenos nas células da granulosa. Atua em dois estágios da foliculogênese, inibindo o recrutamento de folículos primordiais e diminuindo a sensibilidade de grandes folículos pré-antrais e pequenos antrais ao FSH. Níveis abaixo de 1,4 ng/ml são patológicos.
  • Estradiol (E2): Indica resposta ovariana baixa quando superior a 80 pg/ml no terceiro dia do ciclo, inferior a 100 no sexto dia ou inferior a 300-500 no décimo dia de estimulação.
  • Relação FSH/LH: Um sinal de má resposta ovariana é uma relação FSH/LH no terceiro dia do ciclo maior que 2.

b) Teste dinâmico, determinando os valores de FSH e E2 no sangue após submeter o ovário a um processo de estimulação:

  • Teste do clomifeno (TCC): consiste na administração de 100 mg/d do 4º ao 8º dia do ciclo menstrual, fazendo uma dosagem no sangue antes de iniciar, no terceiro dia, e após terminar, no nono dia. Os valores patológicos são considerados quando os níveis basais de FSH mais os valores do nono dia são superiores a 26 mIU/ml.
  • Teste EFORT (Exogenous Ovarian Reserve Test): administrar uma dose única de 300 UI de FSH no terceiro dia do ciclo e determinar os níveis basais de FSH e Estradiol no dia seguinte. Se o FSH for inferior a 11mIU/ml ou no dia pós-estimulação o aumento de E2 for superior a 30% da linha de base, ou ambas as coisas ao mesmo tempo, o teste é normal.
  • Teste GAST (Gonadotropin Agonist Stimulation Test): Avalia as alterações nas concentrações plasmáticas de estradiol entre o 2º e o 3º dia após a administração de um análogo agonista do GnRH. O teste depende da produção pituitária de gonadotrofinas e da resposta do ovário à estimulação. Sua capacidade preditiva em termos de baixa resposta em ciclos de FIV é bastante alta, porém não em termos de possibilidade de gravidez.

2) Testes de ultrassom:

Verifique o número de folículos antrais menores que 10mm (entre 5-10). Um número entre 5 e 10 folículos antrais nos primeiros dias do ciclo é considerado um sinal de boa reserva folicular. O volume ovariano diminui com a idade, razão pela qual foi exposto como medida da idade reprodutiva e da idade da menopausa. Em qualquer caso, o ovário deve ter um volume maior que 3 cm3. Fluxo vascular ovariano: consiste na avaliação do fluxo sanguíneo do estroma ovariano, pela técnica Doppler. Os respondedores ruins apresentam baixo fluxo arterial ovariano na fase folicular precoce, tanto em um ciclo espontâneo quanto após a inibição da hipófise com análogos de GnRH.

3) Ciclo de teste:

Acontece que é o teste de diagnóstico mais confiável; Consiste no início da estimulação ovariana através da administração de FSH e se a resposta for boa, cancela todos os outros testes, embora na maioria dos casos geralmente coincida.

Em suma, mulheres receptoras são aquelas cujos ovários, com FSH elevado, não produzem folículos ou estes são muito escassos no ciclo de teste, como ocorre na falência ovariana oculta, falência ovariana prematura ou menopausa precoce. Também pacientes com remoção de ovários ou grandes cirurgias redutoras, como endometriose. Além disso, pacientes com abortos repetidos com achados de alteração genética e que não desejam realizar um ciclo com diagnóstico genético pré-implantação, bem como abortos habituais, são indicadas para doação de óvulos. A tudo isso, podem ser adicionados pacientes com falhas repetidas de fertilização in vitro com seus próprios oócitos.

Submeter-se a um ciclo deste tipo implica uma preparação endometrial com tratamento estrogênico com comprimidos em doses crescentes ou fixas para que o endométrio cresça.

Ultrassons seriados são realizados para verificar o desenvolvimento endometrial. Na última etapa, esse tratamento é complementado com Progesterona, que tem a função de produzir a secreção das glândulas endometriais e fazer com que o endométrio reúna as condições necessárias para a implantação do embrião. Se a gravidez for alcançada, a ingestão de estrogênio e progesterona é continuada até a semana 8-12 da gestação.

O sucesso do ciclo de doação de óvulos é amplamente determinado por uma sincronização correta entre doadora e receptora pela equipe do centro. É necessário regular os ciclos menstruais de ambas, para que o endométrio e os níveis hormonais da receptora sejam adequados para garantir a receptividade aos embriões no momento em que são gerados a partir dos ovócitos da doadora e transferidos para o útero da receptora.

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